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Audição vs entendimento: Um relacionamento complexo

A audição não diz respeito apenas aos seus ouvidos, seu cérebro desempenha um papel importante em como você processa e entende o som. O Dr. Timothy Steele, da Associated Audiologists, explica a conexão entre audição e compreensão e como os aparelhos auditivos podem desempenhar um papel crucial neste processo para muitas pessoas.

Imagine-se em um restaurante movimentado.
O garçom vem para lhe dizer qual é o especial do dia e você tenta entender o que ele está dizendo, mas há tantos outros sons interferindo. Há um par de crianças brigando duas mesas atrás de você, um bebê agitado em outro canto do restaurante, o tilintar contínuo de copos por todo o local, o empilhamento de pratos e os talheres batendo. O garçom disse macarrão ou camarão? Ele está pedindo para anotar seu pedido? Ela está falando com você, e você pode ouvir as palavras, mas elas não fazem muito sentido.

Compreender é sobre ouvir e focar
Essa é a diferença entre ouvir e entender. O esforço necessário para ouvir um som em comparação com o esforço necessário para processá-lo é exponencial.

Considere como o som da fala chega até você: as palavras que o garçom está dizendo devem passar por seu ouvido médio, ouvido interno e nervo auditivo até o cérebro, onde o cérebro deve processar esses sons para que você registre e compreenda. Todo aquele barulho de fundo no restaurante causa uma infinidade de interrupções, que podem interferir na sua capacidade de compreensão.

A dificuldade de compreensão da fala ocorre mesmo para pessoas com audição “normal”. Se alguém está se concentrando em outra atividade, o cérebro pode estar muito ocupado em uma área para atribuir significado aos sons que ouvimos.

 Você já dirigiu e inconscientemente desligou o rádio para poder se concentrar mais em encontrar seu destino?
Esse é o seu cérebro dizendo que precisa de mais espaço para processar um tipo de informação. Funciona ao contrário: se você está se concentrando em ouvir as últimas notícias no rádio, provavelmente não está prestando muita atenção em como está dirigindo.

 Navegando entre sons significativos e ruído de fundo
Se você tem perda auditiva causada por danos no ouvido interno, ou se seu cérebro tem dificuldade particular em processar o som, a fala se torna ainda mais difícil de compreender. É aqui que seu fonoaudiólogo entra em ação. Em uma sala à prova de som, seu fonoaudiólogo, entre outras coisas, avaliará sua capacidade de reconhecer sons e entender palavras apresentadas em um volume confortável. Após esta avaliação auditiva, seu fonoaudiólogo revisará suas opções de aparelhos auditivos.

Os aparelhos auditivos não são todos iguais, desta forma o fonoaudiólogo fará as recomendações de tecnologia às suas necessidades individuais, garantindo que seus aparelhos auditivos sejam perfeitos para você.

Eis por que o melhor aparelho auditivo vale o investimento: todo aparelho auditivo contém um processador, que é projetado para ajudá-lo a captar a fala em uma situação ruidosa. Ele não bloqueia o ruído de fundo, mas quanto mais sofisticado o processador, maior a probabilidade de você captar os sons essenciais.

Muitos outros fatores afetam em como você se beneficia dos aparelhos auditivos, incluindo:

- Sua capacidade auditiva residual
- O ambiente de escuta
- A tecnologia do seu aparelho auditivo
- Como essa tecnologia está funcionando.

Também é importante que você use seus aparelhos auditivos todos os dias; quanto mais você os usa, mais fácil se torna para eles ajudarem seu cérebro a processar o som. Dessa forma, quando surgir uma situação complicada ou especialmente barulhenta, seus aparelhos auditivos poderão ajudá-lo a compreender o essencial.

Então, se você tem dificuldade em compreender fala ou sons em ambientes ruidosos, marque uma consulta com um otorrinolaringologista, ele solicitará os exames adequados para investigar as causas e o tratamento adequado para o seu tipo de perda auditiva.

Sobre Timothy Steele, Ph.D., FAAA, CCC-A Dr. Steele é presidente da Associated Audiologists, Inc., e tem uma vasta experiência no campo da audiologia e é doutorado em filosofia em audiologia pela Universidade de Kansas.

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